O antropólogo deixou clara, porém, a disposição pela morte coletiva, ou seja, pretendem até morrer se a Justiça e os fazendeiros continuarem a tentar expulsá-los de suas terras ancestrais. Algumas regiões próximas a Campo Grande têm sido disputadas por índios e fazendeiros há anos e o conflito é mediado, sem sucesso, pelo Ministério Público Federal e pela Fundação Nacional do Índio. “Não vamos abandonar nossa terra. Se tivermos de morrer que seja em defesa dela”, declarou Tonico. Ele acrescentou ainda perante os senadores membros da Comissão de Direitos Humanos (CDH) e Legislação Participativa, na manhã desta quinta-feira (1), que seu povo precisa ter de volta as terras que foram tomadas pelo “homem branco”. Só assim, segundo o antropólogo kaiowá, será possível conter a violência que tem dizimado as lideranças indígenas de sua aldeia e de outras que habitam aquela região. “As consequências da falta de demarcação das terras que nos tomaram são a miséria, a violência irracional e as muitas crianças órfãs de pai. Muitos especialistas consideram nossa situação como um verdadeiro genocídio”, lamentou emocionado. Comissão Mista Consternada com a situação dos índios, a deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) fez questão de participar da reunião para anunciar aos senadores a criação de uma comissão externa na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, na última semana, para acompanhar de perto a situação dos Guarani Kaiowá. “É de uma gravidade tão grande que nos causa vergonha”, declarou indignada. “Não é suicídio, mas uma luta pacífica para manter suas terras e para preservar seu povo”, complementou a parlamentar socialista. Solidários à iniciativa da deputada, o presidente da CDH do Senado, Paulo Paim (PT/RS), e o senador sul-matogrossense Delcídio Amaral (PT) sugeriram criar uma comissão mista no Congresso Nacional sobre o conflito de terras no Mato Grosso do Sul e em outros estados brasileiros. Em resposta aos senadores, Janete acrescentou que pretende apresentar ainda na próxima quarta-feira (7), requerimento na CDH da Câmara “para caminharmos juntos em todos os debates e decisões acerca deste tema”. |
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Afonso Morais
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Há muito viemos tentando eu e muitos falar da tendencia de
extinção étnica, do nosso verdadeiro povo, tem havido uma tentativa de roubo de
identidade do Brasil, nos SOMOS TODOS GUARANÍ-CAIOWÁ, ELES ESTAVAM AQUI ANTES
DA "DESCOBERTA" E PORTANTO, ELES E OS POVOS DELES DIRETAMENTE
ORIGINADOS SIM, SÃO NOSSAS RAÍZES...ESSE GENOCÍDIO ÉTNICO TEM QUE SER PARADO...
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